segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Distância de segurança: Membros Superiores

Você saber aplicar corretamente o quadro I do Anexo I da    NR-12? 

As proteções físicas, são elementos utilizados para distanciar as pessoas dos movimentos ou elementos perigosos das máquinas. Entretanto, uma série de critérios técnicos devem ser observados para a fabricação e instalação de proteções físicas em máquinas e equipamentos.

Um dos critérios que devem ser observados quanto a instalação de proteções físicas em máquinas, é o que chamamos de distância de segurança, que nada mais é do que uma medida em mm que protege as pessoas de alcançarem as zonas de perigo.

Conceitualmente a norma ABNT NBR NM-ISO 13852: Segurança de máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores nos dá a seguinte redação:

DISTÂNCIA DE SEGURANÇA: distância mínima na qual se deve colocar uma estrutura de proteção, de uma zona de perigo.

Mas na prática o que isso quer dizer?

Quer dizer que para a instalação de proteções físicas em máquinas devemos obedecer uma distância mínima de entre a estrutura da proteção e a zona de perigo, a fim de evitar que pessoas entrem em contato com partes perigosas (figura 1).

Figura 01: Exemplo de aplicação da Distância de Segurança
No caso da utilização de proteções não contínuas ou descontínuas, que são aquelas que apresentam aberturas por onde passam dedos e mãos, devemos empregar o quadro I do Anexo I da NR-12 (figura 2).
Figura 02: Quadro I do Anexo I da NR-12
Quando escolhemos confeccionar uma proteção de máquina utilizando materiais como: tela otis, chapa expandida, chapa moeda, tubos soldados, grades pré-fabricadas, devemos levar em consideração as aberturas existentes nestes materiais para então determinamos a distância de segurança para a sua instalação. Este tipo de material possui abertura em formato geométrico definido, ou seja, sua abertura tem o formato de um retângulo, quadrado ou círculo.

A coluna denominada 'Abertura' no quadro I do Anexo I da NR-12, diz respeito a abertura existente no material selecionado para a confecção da proteção e deve ser medida conforme o exemplo da figura 3:

Figura 3: Como medir a abertura de um material descontínuo.

Exemplo de aplicação:

Para a confecção de uma proteção de máquina, foi escolhido utilizar uma proteção em tela otis (abertura em forma quadrada) de 20x20mm, dessa forma qual a distância de segurança necessária para a instalação desta proteção?

Sabendo que nossa proteção tem formato quadrada e abertura de 20 mm, basta no quadro I do Anexo I da NR-12 entrarmos com esta informação:




Viu como é simples? Ainda ficou com dúvida, fale conosco pelo sac@belve.com.br

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Interfaces de Segurança PLC x Relé

Desde 2010 quando a nova NR-12 foi promulgado, a demanda por produtos na área de segurança de máquinas e equipamentos aumentou significativamente.
Dentre tantos equipamentos, marcas e tecnologias, uma dúvida é recorrente, afinal de contas qual a real diferença entre um relé de segurança e um CLP de segurança? Quando utilizar um e quando utilizar outro?


CLP de segurança Certus Carlo Gavazzi
Nesta postagem iremos explicar um pouco melhor sobre a função de cada um e quais os principais fatores que influenciam na escolha de um ou outro componente.

Essencialmente, tanto os relés quanto o CLP de segurança tem a mesma função: realizar o monitoramento, verificando a interligação e funcionamento de outros dispositivos do sistema, impedindo a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança.

Os relés de segurança são componentes capazes de realizar apenas uma função específica de segurança, isto é, para o monitoramento de um botão de emergência devemos utilizar um relé de parada de emergência, para o monitoramento de um sensor magnético, um relé específico para sensores magnéticos e assim por diante. Desta forma máquinas com muitos componentes de segurança tendem a ter um grande número de relés, pois desde a mudança na norma ISO 13849-1, é necessária a utilização de um relé por botão de emergência/porta.

Relé de parada de emergência Carlo Gavazzi

Já o CLP de segurança é um componente capaz de monitorar múltiplos componentes em suas entradas. Desde botões de emergência, passando bimanual, pedais, sensores até cortina de luz. Além da flexibilidade de interligação com componentes variados o CLP de segurança é capaz de desenvolver lógicas complexas de programação dependendo do modelo. Por exemplo, o CLP Certus da Carlo Gavazzi possui timers, clocks, flipflops e contadores que possibilitam a automação e segurança de uma máquina no mesmo CLP.



Para exemplificar, uma máquina que possui quatro botões de emergência, para atender na íntegra a NR-12, necessita de quatro relés de segurança. Contudo os quatro relés podem facilmente ser substituídos por um único CLP Carlo Gavazzi que possui 8 entradas e 2 saídas de segurança. Nesta condição o que pesa na decisão será o investimento de um sistema em relação à outro.

Porém se pensarmos em uma aplicação com um maior número de componentes ou que necessite da criação de uma lógica mais sofisticada o CLP de segurança é o componente indicado.


Dúvidas e sugestões entre em contato conosco: sac@belve.com.br

Até a próxima.